A todos aqueles que agora passam a acompanhar as publicações do site Cloud Coaching, eu não poderia deixar de lembrar o grande Gilberto Gil e mandar “aquele abraço”. Um jeito simplório e irreverente de celebrar nossa agradável futura convivência. Vamos ter interessantes oportunidades de comentar o que de mais moderno existe sobre o Coaching, desde pesquisas científicas até o que circula pelo mundo das conferências internacionais.
O título da coluna não é só uma escolha de impacto, mas tem coerência com o que buscaremos fazer seguidamente, que é abrir um debate para apontar caminhos e questionar a chamada “verdade absoluta” sobre o Coaching. Analisaremos dogmas e regras, com base na ciência, e desde já convidamos o leitor a participar com críticas, sugestões e comentários oportunos.
São crescentes as pesquisas em Coaching, delas derivando modelos e metodologias. Uma pergunta que se pode fazer é: Será que aos profissionais (Coaches) e seus clientes (Coachees) estão bem claras as diferentes abordagens e as aplicações do Coaching? Ou será que os vários tipos de Coaching ainda são vistos de forma confusa e indefinida? Outra questão-chave: Qual a base teórica que nos leva a acreditar que o Coaching consegue cumprir o que promete?
Veja o leitor que muita polêmica irá nascer neste espaço, mas o objetivo permanecerá em agregar valor ao Coaching na forma de conhecimento para, então, viabilizar-se o sucesso ao cliente. O primeiro e óbvio quesito fundamental ao Coach é ter conhecimentos e habilidades necessárias. Um segundo ponto essencial está em buscar, sem trégua, eliminar conflitos. Artigo de autoria de quatro pesquisadores comandados por Erik Hann, publicado em dezembro de 2010 pela Academy of Management Learning amp; Education, relata estudo sobre como são percebidos e conduzidos os momentos críticos da prática do Coaching Executivo.
Na primeira etapa, o trabalho envolveu 3015 participantes (25% de mulheres), de várias áreas de atividades. Depois, os 59 casos identificados como extremamente críticos geraram entrevistas individuais, de onde nasceram evidências de que momentos críticos estão diretamente associados ao Coach. Em especial, emoção ou tensão durante as sessões, e que provocaram dúvidas ao Coach em como proceder perante o cliente. Vale comentar, o sucesso se mostrou presente quando houve a reflexão compartilhada entre Coach-Coachee.
Se o conflito aparecer, e isso sempre pode acontecer, Coach-Coachee devem reconhecer que nenhuma ideia ou opinião, em si mesma, é melhor do que outra. Devem compartilhar valores envolvidos, como compromisso e engajamento, e fortalecer os aspectos positivos identificados. Desprovidos de vaidades e sem jogo de poder, podem eliminar os conflitos e, para isso, a experiência e o equilíbrio emocional do Coach serão essenciais.
O que nunca se pode esquecer é que não existe Coaching sem transformação do Coachee. Em uma visão do ideal, espera-se criar autonomia e independência para o cliente, de forma que ele tenha condições de caminhar para seus futuros objetivos com mais segurança e competência. Mesmo que novas sessões de Coaching sejam marcadas, o Coachee estará então em um novo e dinâmico patamar de vida.
Com sorrisos e a consciência de uma intervenção bem realizada, a dupla Coach-Coachee deve celebrar os resultados alcançados, os conflitos administrados e o sucesso da parceria. Com um forte aperto de mãos e a sensação interior de dever cumprido. Aperto de mãos e dever cumprido que também queremos ter em cada um dos artigos aqui apresentados ao leitor do site.
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