Visibilidade Trans: A luta por um espaço digno!
Em 29 de Janeiro é comemorado o Dia da Visibilidade Trans. A data foi definida a partir de um ato nacional para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito” em 2004. O ato foi um marco na história do movimento contra a transfobia e na luta por direitos.
Num país considerado o mais violento para a população LGBTQIAPN+, com recorde de mortes por orientação afetiva e identidade de gênero é fundamental criar ações pela luta dos seus direitos.
De acordo com o projeto internacional Trans Murder Monitoring (TMM). O Brasil é o primeiro colocado, responsável por 37,5% (1.741) de todas as mortes; o México tem 649 (14%) e o EUA 375 (8%).
Em 2022, foram 131 casos; 140 em 2021; 175 casos em 2020; 124 casos em 2019; 163 em 2018 e 179 casos em 2017.
Para fins de comparação, a entidade levantou o número de trans assassinadas na Europa nos últimos cinco anos: foram 12, ao todo, em cinco países (Itália, Portugal, França, Espanha e Bélgica).
Apesar das pesquisas apontarem a média de vida dos brasileiros em torno de 76 anos, a média de vida de pessoas trans é de 35 anos. Mas apesar de termos uma parcela envelhecendo, essa média vem caindo.
A evasão escolar é outro dado alarmante. De acordo com dados da Rede Trans, cerca de 82% das mulheres transexuais e travestis abandonam o ensino médio entre 14 e 18 anos, conflitos na escola, devido a ausência de acolhimento e respeito por sua identidade de gênero. O preconceito no ambiente escolar produz conflitos e dificulta o aproveitamento educacional,
Considerando a importância da educação na vida de indivíduos, a evasão escolar causa uma maior exclusão social e dificulta o ingresso no mercado de trabalho. Além disso, amplia o ciclo de invisibilidade diferenças sociais.
Para reverter este cenário, é preciso mudar a maneira como a sociedade vê a pessoa trans. É importante revisitar conceitos, criar ações contínuas de combate ao preconceito e tolerância zero a qualquer tipo de discriminação.
Convidar pessoas trans para participarem e colaborarem na construção de ações do governo sobre direitos humanos, como: acesso à saúde, inclusão no mercado de trabalho, uso do nome social, uso do banheiro inclusivo, etc.
Por parte das empresas, criar políticas de inclusão com gestores e equipes conscientizadas da importância do acolhimento, criar canais de comunicação internos e de denúncia que sejam atuantes e garantam a confidencialidade. Programa de benefícios específicos e flexíveis alinhados às suas necessidades.
Enfim a caminhada é longa e necessária. Certamente as ações não devem se limitar a um dia ou mês, mas ainda assim ter uma data específica fortalece a luta pelos direitos.
Espero que o conteúdo deste artigo tenha lhe ajudado e que mudanças positivas aconteçam de fato em sua vida. Conte comigo nesta jornada.
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Luciano Amato
http://www.trainingpeople.com.br/
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