Mais uma vez os temas que me inspiram são a Inteligência Emocional e o Quociente da Adversidade. É certo que não faltam razões para esse assunto vir à tona: o cenário sócio-político-econômico (do mundo) evidenciando relações humanas desequilibradas, falta de valores que sustentam uma sociedade, concentração da riqueza e dos interesses nas “mentes egocêntricas”, comprometimento da qualidade – alimentação, ar, desperdício de recursos naturais, etc. – que impactam diretamente a vida das pessoas.
Creio não precisar enumerar mais nada, ou melhor, falta ainda listar as consequências desse cenário: pessoas sem saber exatamente o que fazer ou para onde ir. Desapegar de tudo e retornar “à vida no campo”, mudar de país, deixar o emprego e tentar algo novo? Parece haver uma necessidade de mudar algo, mas “sei lá o quê”.
Está ocorrendo um significativo aumento de preocupações que tendem a causar problemas de saúde, física e emocional. É possível que sentimentos como medo do futuro e perda de emprego, problemas financeiros, de segurança, sentimentos de injustiça e impotência diante da falta de opções, entre outros negativos, possam estar gerando mais estresse. As emoções e os desejos contidos de modo irrefletido e desordenado dão origem a profundas angustias e doenças.
Então esse é o cenário e são essas as maneiras para enfrentar a situação: desde nada fazer e se assumir vitima das circunstâncias, ou mobilizar-se e tornar-se protagonista. Essa escolha definitivamente altera a qualidade de vida.
Sabemos hoje que pensamentos geram sentimentos e, estes determinam os hormônios que entrarão em ação no nosso organismo. Pensamentos e sentimentos negativos constantes tendem a gerar estresse. A raiva e hostilidade aceleram os batimentos cardíacos e elevam a pressão arterial entre outras coisas. Pensamentos e sentimentos positivos como compaixão, bondade, generosidade, afeto – entre outros, tendem a elevar a sensação de bem-estar e aumentar a resistência imunológica.
“Não há um único pensamento distorcido sem que haja também uma molécula distorcida” (do texto de Deepak Chopra).
Tanto o Quociente Emocional – capacidade para reconhecer e lidar com as próprias emoções e a dos outros – quanto o Quociente da Adversidade – capacidade elevada para enfrentar as adversidades e encontrar soluções – estão presentes em pessoas que optam por serem protagonistas.
Isso significa ter consciência dos fatos que o cerca, reconhecer e lidar com os sentimentos angustiantes e os limites (próprios) e identificar ações que motivam, mobilizam e resultam em mudanças. Todo e qualquer movimento que agrega, desenvolve, facilita, auxilia ou transforma, significa um mundo melhor.
E mesmo que isso não altere todos os acontecimentos negativos do mundo, uma pequena diferença pode ter um grande significado para alguém, além de gerar (em si) pensamentos e sentimentos positivos. E as nossas células “agradecem” com mais saúde.
E o melhor de tudo é que podemos escolher: “Se for protagonista, mãos à obra e, se for vitima, sem reclamar, por favor.”
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