Viver a CNV é também buscar a Espiritualidade
Espiritualidade não é religião é buscar sua essência, é olhar de frente para os defeitos, aceitá-los, perceber o que será importante aprender, ressignificar e crescer.
A busca da espiritualidade era vista como algo que prejudicava a vida profissional, assim como, identificar, nomear, acolher e aceitar os sentimentos. Não consigo enumerar quantas vezes ouvi de gestores, consultores, cursos que fiz, que precisava ser forte sem deixar ser levada pelas emoções e sentimentos, porque prejudicaria minha carreira. Para mim era uma angústia, pois me via como incompetente, errada, já que acreditava que somente eu não conseguia separar.
Em 2012 decidi definitivamente me afastar do mundo corporativo. Já estando numa trajetória de autodescoberta e autoconhecimento desde 2009, foi libertador aprender e perceber que, de fato, não podemos separar o que sentimos do que somos e fazemos. Desde então tenho como propósito levar a conscientização de que somos seres integrais e isso quer dizer que somos gregários, interdependentes com sentimentos e necessidades e que se não tivermos a clareza destes nos sentiremos separados de nós mesmos.
Abrir espaço e se permitir incluir tudo o que sente e precisa dentro de si mesmo dá a clareza de qual melhor caminho seguir.
Hoje estava vendo um vídeo do Rossandro Klinjey que fala quando temos 20 a 30 anos damos ouvido para o que pensam de nós e dessa forma costumamos ser mais infelizes e quando entramos na casa dos 50, tendo amadurecido, não damos mais crédito para ficar nos comparando e acreditando que temos que ser como os outros “acham” que temos que ser e sermos felizes.
Não temos que nada! Nem aos 20, 30 ou 40. Não precisamos chegar aos 50 para sermos felizes. Precisamos de fato nos conhecer, saber quem somos, o que é importante para nós, qual o sentido de nossas vidas, respeitar o outro como ele é, ter a clareza de que só mudamos a nós mesmos, que ninguém é responsável pelo que sinto e sim apenas um estímulo e sou eu quem escolhe como me sentir.
A espiritualidade é o caminho para a libertação das angústias, ansiedades e amarras que colocamos diante de nós mesmos. Não existe outro caminho a não ser dentro de nós para essa tão sonhada felicidade e que nada tem a ver com dinheiro, sucesso ou qualquer outra coisa.
Problemas vamos ter sempre, seja ele de ordem pessoal ou profissional. O como vamos lidar com as situações adversas, estresse elevado ou caos vai depender de termos a clareza de quem somos, quais as áreas da vida serão importantes ressignificar para mitigar as perdas e os riscos e que tudo que nos acontece tem uma razão de ser porque nada é por acaso.
Não estamos aqui neste mundo de férias, estamos para aprender, errar, desaprender, remodelar, ressignificar crenças rígidas. Ser pacientes, evitar julgar, criticar, avaliar menos, ter autoempatia e autocompaixão com nossos erros, perceber que o outro é nosso espelho. E ao invés de rejeitar quando não gosto, se perguntar: para que isso está acontecendo comigo? O que eu preciso olhar em mim que não gosto dessa pessoa?
Enquanto não aprendermos que o Amor é a chave para sairmos de onde não gostamos e nem queremos estar, o que não gostamos em nós, iremos continuar sofrendo, nos irritando, nos escondendo e terceirizando o que sentimos para o outro.
A CNV e a Espiritualidade nos levam para um caminho com mais empatia, amor, valores sustentáveis, flexibilidade, entender e acolher nossos sentimentos. Saber que necessidades eu e o outro desejamos atender, confiança, senso de pertencer, justiça, forças e gratidão.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como viver a CNV para também buscar a espiritualidade? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Abraço,
Wania Moraes
http://www.waniamoraes.com.br/
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