Você acha que o Nosso Comportamento é Natural?
Já parou para perceber como nos conectamos com pessoas que parecem naturais?
Aquelas que se comportam como a sua natureza, que são espontâneas?
Por que quando achamos que alguém está falando ou fazendo algo que não parece natural dizemos que parece artificial? É como se a pessoa estivesse preocupada em usar artifícios para mostrar o que não é de sua natureza.
Parece que estamos nos comportando de modo artificial. Perdemos a naturalidade, a NATUREZA DO NOSSO SER.
Nos escondemos nos conhecimentos que adquirimos, mas nem sempre colocamos em prática o aprendizado da alma, a sabedoria. A palavra sabedoria vem do latim sapere, que significa, saber, sentir. Não basta pensar que sabe, é preciso sentir de fato. Quando falamos de algo que sabemos, mas não sentimos, não parece natural.
E porque tantas “máscaras” para parecermos o que não somos? Por que queremos mostrar para o mundo comportamentos ou pensamentos que no fundo não estão naturais para nós?
Quando fui estudar sobre a espontaneidade e de onde ela nasce, ou melhor, porque a perdemos, descobri um caminho e jornada que se mistura com a história, com a arte, com a ciência e é fascinante entender alguns fatores de não nos comportarmos naturalmente.
Mais recentemente, há cerca de 500 anos nos foi ensinado a sermos geradores de resultados. A pensar, a guerrear, a usar as nossas características masculinas para desbravar o mundo. E adormecemos o nosso sentir, o nosso coração, nosso lado com atributos dessa energia feminina.
Quando fui estudar a Pintura Espontânea que nasceu inspirada em trazer à tona o nosso sentir, os conteúdos inconscientes e integrais da nossa alma, fui entender mais a fundo o porquê historicamente fomos engessando as nossas emoções.
O homem para explorar o mundo exerceu a força do guerrear para conquistar territórios. Deuses masculinos da força e da guerra começaram a surgir em todas as culturas e as Deusas femininas a serem suprimidas. Isso aconteceu no inconsciente coletivo da humanidade como consequência.
Hoje, todos nós, homens e mulheres, independentemente de gênero, nos comportamos negando o sentir.
Depois da era industrial e tecnológica, isso se agravou e nos tornamos “robôs” do resultado, da força, da alta performance, da luta. E quando de dentro da nossa alma vem um impulso, um símbolo da ternura, da vulnerabilidade, da espontaneidade, da leveza, do acolhimento, principalmente a nossa geração pensa: que não se “deve” sentir.
Mas isso não é NATURAL em nós. Estamos com a nossa ALMA pedindo para se libertar de onde o nosso EGO a aprisionou. Ela está dizendo, SINTA! Seja o que você veio ser, o que você É!
Quebre essa corrente imposta por esses anos de guerra e dominação. Estamos na era da INTEGRAÇÃO.
Volte ao seu estado NATURAL.
Precisamos urgentemente equilibrar essas forças, essas energias em nós.
Estamos doentes, não aguentamos mais tanta força. Tanto esforço para sermos o que não somos.
Por isso quando vemos alguém se vulnerabilizando, relaxando em sua verdadeira identidade, nos conectamos ao natural. Nos sentimos com vontade de sermos naturais também e não ficar como “robôs” nas relações, na vida, nas redes sociais.
Quando você sentir que está na “persona” da força, que a vida não está leve para você, que você se sente incoerente e artificial, PARE com a gritaria do EGO e ouça o sussurro da sua ALMA.
Ela não grita!
Não estamos sendo naturais, estamos agindo e reagindo baseado numa crença coletiva do pensar. Isso nem é nosso. Isso não é natural da nossa humanidade.
Além do que, o tempo que temos aqui é finito. Estamos morrendo a cada dia que acordamos.
Vale a pena viver gastando energia para mostrar sermos o que não somos? Você quer SER ou pensar que É com o tempo que te resta?
Mas para falar sobre tempo, isso é tema para outro texto.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o nosso comportamento? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Claudia Vaciloto
http://www.nasala.net/
Confira também: Como podemos liberar a nossa mente de conflitos?
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