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Você consegue ter “atenção plena”?

O exercício regular da atenção plena contribui para que uma pessoa possa controlar melhor a sua rotina, diminuindo os efeitos de estresse e ansiedade.

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Você consegue ter “atenção plena”?

Susan David é uma profissional americana conhecida por seu pioneirismo em Psicologia Positiva e Agilidade Emocional. Já tive a oportunidade de citar aqui alguns de seus estudos e já me declarei um leitor assíduo de suas postagens. Como uma das principais lideranças do Institute of Coaching, organização não governamental mantida pelo McLean Hospital e afiliada à Harvard Medical School, Susan está em contato direto com a fronteira do conhecimento em intervenções humanas, tais como Coaching, Psicologia e Mentoria.

Ela publicou, dias atrás, uma abordagem instigante sobre o conceito propalado de que devemos “manter foco no aqui e no agora”, quase como sendo famoso mantra de quem pratica meditação. Eu considerei tão interessante o texto que, para este mês, decidi adaptar na íntegra para quem me acompanha neste espaço. Espero que, após a leitura, cada um de vocês faça uma boa reflexão sobre como está conduzindo o seu próprio “aqui e agora”.

Segundo afirma Susan, por muito tempo monges e místicos têm utilizado de práticas alinhadas com a meditação para eliminar a associação forte entre quem pensa e o pensamento que tem, entre o momento do impulso por agir e o da ação em si, tudo sempre com o objetivo de libertar a mente de algumas de suas restrições mais rígidas e também de interpretações distorcidas.

Quando esse tipo de prática se tornou popular entre os ocidentais, ganhando ênfase no início dos anos 70, a premissa mais aplicada e divulgada era para a pessoa “estar presente aqui e agora”. A ideia era de que a mente indisciplinada acaba se distraindo facilmente, oscilando sem controle no tempo, para frente e para trás. Em outras palavras, esse pendular da mente servia apenas para “resgatar” memórias do passado e “atrair” as projeções do futuro.

A busca por estar presente “aqui e agora” e, indo além, totalmente sintonizado com o “aqui e agora”, é o caminho para podermos lidar com o momento de forma emocionalmente ágil.

Desde os dias em que os Beatles, os Beach Boys e Mia Farrow foram para a Índia iluminar-se com Maharishi Yogi, a pesquisa nas ciências comportamentais e cognitivas tem trabalhado para desmistificar algumas posturas orientais. Entre elas, como melhor entender o conceito de estar “aqui e agora”?

Nesse sentido, muito do foco tem sido em construir caminhos e desenvolver técnicas para uma pessoa prestar atenção plenamente, com foco e sem julgamento. Essa técnica é chamada de atenção plena (mindfulness, em inglês). Os pesquisadores de Harvard realizaram varreduras cerebrais em dezesseis pessoas antes e depois de terem participado de um programa de treinamento de consciência plena, com duração de oito semanas, com objetivos de redução de estresse. Os resultados mostraram mudanças nas regiões do cérebro associadas não apenas ao estresse, mas também à memória, ao senso de identidade e à empatia.

Parece que praticar a atenção plena melhora a conectividade dentro das redes do cérebro que, de alguma forma, impedem que fiquemos distraídos e facilitam “o aqui e agora”. Prestando atenção ao que está acontecendo ao nosso redor, em vez de ignorar ou apenas seguir em frente com o que pretendemos fazer, pode nos tornar mais flexíveis e perspicazes. No entanto, a atenção plena não é uma solução mágica.

A ideia de que tudo o que alguém faz, a cada momento do dia, deva ser desenvolvido com atenção focal e plena é ridícula. Alguém realmente não precisa jogar o lixo fora ou pentear o cabelo exercitando a atenção plena, a menos que ache gratificante. Ou seja, a “atenção plena” exige de uma pessoa a capacidade de ter perfeita consciência aos sinais que o corpo e a mente dão, a cada instante, sem julgamento. Exercitar a atenção plena e aprender sobre nós mesmos, cada dia mais.

Dessa forma, o exercício regular dessa técnica de atenção plena contribui para que uma pessoa possa controlar melhor a sua rotina, diminuindo os efeitos de estresse e ansiedade. E ao dormir, será mais fácil alcançar níveis de relaxamento e descanso da mente.

Como tudo na vida, a atenção plena é importante como forma de ter consciência do nosso entorno, mas isso deve acontecer com harmonia e equilíbrio, não como remédio universal para todos os males do mundo.

Ninguém é perfeito, mas todos nós temos a obrigação de batalhar por uma transformação positiva. E você vai entender melhor tudo isso ao ver a apresentação abaixo no TED (ou clique aqui).

Gostou do artigo? Quer saber mais? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Mario Divo
https://www.dimensoesdesucesso.com.br/

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Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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