Li recentemente um interessante texto em que o autor debatia a questão do profissional independente e sua vocação ao empreendedorismo. Percebi que valia a pena lançar esse mesmo tema em debate aqui neste espaço, pois os nossos amigos Coaches precisam sempre exercitar o lado de “negócios” em paralelo aos aspectos “técnicos e metodológicos” do Coaching, o que também é importante.
Aqui vale a brincadeira da “coisa” (uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa). Ou seja, uma coisa é estar à frente do Coachee e saber conduzir o processo de Coaching de forma a construir o caminho para a meta negociada. Outra coisa é ter uma relação negocial com o público de interesse, construindo imagem, posicionamento, marca pessoal e portfólio de clientes. Para isso também existem técnicas e os passos exigem planejamento e execução consistentes.
Se mesmo empresas qualificadas muitas vezes erram, ao liderar o próprio negócio os cuidados do empreendedor ficam ampliados. Como o Coach pode consolidar o seu domínio da técnica com a formação do empreendedor bem sucedido?
Para começar, a falta de informação somada ao despreparo é mortal, levando qualquer um ao fracasso. Parte superior do formulário
Para tPara conquistar Para conquistar dinheiro, satisfação, reputação e, até mesmo, ser dono do seu horário, o Coach deve ter um ritual dedicado ao exercício do empreededorismo, sabendo que vai haver situações desconfortáveis, para não dizer desanimadoras. Mas nenhum fato deve ser mais forte do que o sonho de solidamente construir a carreira. Hoje há livros, cursos e até profissionais (Coaches especializados) que ajudam um Coach a ser um empresário bem sucedido.
Algumas características são fundamentais e resumem os caminhos sustentáveis para o profissional sair vitorioso em sua saga empreendedora. Ele deve estar disponível ao cliente e aos parceiros, ter visão integrada de seu negócio (funções e processos), motivar-se mesmo diante de dificuldades, ter o corpo saudável e a mente afiada, ser idealista e nunca irrealista, compreender problemas complexos e consolidar planejamento e estratégia para várias ideias simultâneas quanto aos seus negócios, ter senso de urgência e, não menos importante, aprender a controlar o estresse, a ansiedade e manter a estabilidade emocional.
UFA! Tudo isso parece fácil, quase que motivando o Coach a só estar diante de seu Coachee fazendo o atendimento, fugindo desse jogo empresarial que parece uma medusa pronta a atacar. O importante é “quebrar a própria crença limitante” que pode ocorrer e “ganhar confiança ao conseguir desenvolver o perfil empreendedor”. À medida que o dia a dia evoluir positivamente, com mais clientes, é até possível haver uma crise para o Coach empreendedor vencer (é o caso clássico em que outros Coaches também atuam). O empreendedor tende a centralizar tudo e vira um gargalo, se não instituir instrumentos de controle e uma disciplina rígida de horários e responsabilidades.
Enfim, entre os limites extremos do técnico puro (ainda que competente Coach) e o empresário arrojado (dando prioridade ao negócio e não ao cliente) há um largo espaço a ser preenchido e que terá validade inquestionável (seja com ligeiro desequilíbrio para um lado ou outro). Então, tomo a liberdade de apresentar o meu modelo DIVO, que já comentei em palestras, como forma de um Coach pensar seu negócio, mantendo prestação de serviços com qualidade.
Tudo começa com o D, de Determinação (indo além da vontade e do propósito, mas entendido como determinar a ação, o que se quer construir). A letra I diz respeito à coleta e tratamento de Informação, que gera forte interação com o passo anterior, voltado à ação. Ou seja, a informação obtida pode interferir na ação prevista e esta pode exigir nova informação. Não se criará aqui a sofisticação do plano de negócio, mas sim a visão integrada entre o que se pretende construir e o que o contexto viabiliza (ou não). Em qualquer empreendimento é fundamental ter bem claro qual o Valor agregado (letra V) que se gera ao cliente (simplificadamente, em que nossa oferta será diferenciada e melhor que a dos concorrentes). Finalmente, a letra O significa a Operacionalização, isto é, quando se coloca em prática o conjunto de ideias e ações que se consolidaram a partir desse exercício de planejamento para o empreendedor.
E você, sentiu correspondência do modelo DIVO com seu cotidiano de Coach empreendedor? Que tal praticar?
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