Você já foi Desafiado (e cobrado) a Pensar Fora da Caixa?
Por muitos anos, eu fui cobrada a pensar fora da caixa, mas, confesso, muitas vezes tive dificuldade de entender como pensar criativamente com uma gestão e processo de trabalho padronizados.
Até que um dia, ainda no começo da minha carreira em vendas, durante uma convenção, um colega desenhou no quadro branco 9 pontos, e desafiou todos a conectarem todos esses pontos sem tirar a caneta do quadro, sem sobrepor linhas, usando apenas quatro traços. Quatro traços? Sim.
Nesse dia conheci o “Desfio de 9 pontos”, criado por John Adair na década de 60. Dizem que foi esse desafio a inspiração para pensar fora da caixa, ou, como no idioma original da citação, thinking outside the box.
E o que aprendi com esse desafio?
Primeiro, aprendi que era desafiador pensar diferente ao ligar aqueles pontos. Ficamos por muitos minutos ali, contemplando o quadro, até que alguém então, não eu, conseguiu conectar todos os pontos dentro das regras.
Ao olhar para aquele traçado, fiquei espantada, pois percebi a minha limitação ao olhar para uma situação tão elementar sem conseguir raciocinar diferente. Nesse dia, uma simples brincadeira desencadeou uma profunda reflexão e, por conseqüência, uma mudança em mim.
Pensar fora da caixa diz respeito a sair do convencional. Inovar, romper padrões, quebrar paradigmas, virar do avesso, ser criativo e disruptivo de fato. Todas características essenciais para transitar no mundo BANI.
A partir desse dia, em que aprendi que era possível ser diferente mesmo com uma gestão e processo de trabalho padronizados, comecei a fazer movimentos inovadores, por exemplo:
- Variava os lugares de visita aos clientes. Como representante de laboratório, o convencional era visitar o cliente no consultório. Eu não. Aproveitava cafés, restaurantes, sala de aula;
- Observava os clientes, aprendia sobre seus hábitos, gostos, estilo, horários;
- Aproveitava o conhecimento dos concorrentes para incrementar meu conhecimento e ações diferenciadas. Networking é de fato valioso;
- Trocava boas práticas com pares de outras regiões. Alguns colegas eram experts em inovação e criatividade nas suas abordagens e ações;
- Exercitava a curiosidade, perguntava, muito, mas com significado e direção. Isso então me permitia saber mais e fazer diferente o padrão;
- Enxergava os problemas, que eram muitos, como oportunidades. Necessidades geram excelentes ideias;
- Estava sempre atualizada e culturalmente ativa. Assim as conversas eram diversificadas e as abordagens mais inteligentes;
- Escutava, muito. Tínhamos uma técnica ótima para exercitar a escuta: ERDIR. Escutar, reconhecer, diagnosticar e então responder.
Ficou interessado no desafio?
Experimente então conectar os 9 pontos abaixo usando apenas 4 linhas. Mas sem sobrepô-las e sem tirar a caneta do papel.
“Mesmo quando a paisagem é a mesma, é o seu olhar que pode mudar tudo.” @anaumymazzottini
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como pensar fora da caixa? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Élida Fagundes
http://ativar1998.com.br/
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