Estamos começando a acompanhar mais uma Copa do Mundo de Futebol, desta vez realizada na Rússia. Torcida pela seleção canarinho à parte, o que vemos é uma galeria de profissionais do futebol que se misturam pelos estádios de todo o mundo, ultrapassando as fronteiras de seus países de origem e executando as suas atividades onde entendem que as condições lhes são melhores. Um exemplo básico é que, dos 23 selecionados pelo técnico Tite, apenas três jogam em clubes brasileiros. Se analisarmos times europeus, há exemplos como o do Real Madrid, em que o time se parece com uma seleção de astros globais.
Da mesma forma que, sem dificuldades, o mundo encara essa mobilidade no esporte, o mesmo acontece na gestão de empresas. Ainda que convivendo com problemas de oscilação na economia, o Brasil é um objetivo interessante para muitos profissionais em cargos executivos e empreendedores, atraindo gente desde países em desenvolvimento até mesmo de países economicamente fortes. Muitas vezes, o salário pago no Brasil supera aquele recebido no país de origem (não vamos aqui tratar de custo de vida, o meu interesse é outro).
Ainda que o setor de energia esteja sendo um diferencial marcante nesse sentido, a concessão de vistos de trabalho a executivos estrangeiros tem crescido muito, no Brasil. Essa decisão, normalmente, pode ter origem em duas situações: o profissional vem transferido pela empresa onde trabalha, para ocupar um cargo na filial brasileira, ou; há uma vontade própria de buscar um novo ambiente de trabalho, sem apoio logístico para ele e para a família. É muito comum que, nesta segunda opção, haja o espírito empreendedor dominante, quando esse profissional decide aplicar suas economias em um “negócio próprio dos seus sonhos”.
Seja em um caso ou no outro, problemas e dificuldades começam a bater na sua porta. Pode ser em razão do idioma, da adaptação da família ou mesmo de características típicas do lugar em que escolheu para viver (e, em certos casos, empreender). Porém, especificamente em se tratando do Brasil como ambiente de negócio, a complexidade de leis, normas, sistema fiscal e tributário, questões trabalhistas e, por que não dizer, as idiossincrasias específicas do tipo de empreendimento, tudo isso pode levar esse profissional à loucura. O que sugere haver campo vasto de trabalho para consultores e Coaches que possam, além de demonstrar afeto e atenção, ajudarem essa gente a encontrar caminhos para avançarem com investimentos e sonhos.
Atualmente, cerca de 70% das expatriações enfrentam algum tipo de problema ou dificuldade ao expatriado, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas. Para processos que não têm êxito, 50% são porque a pessoa (e/ou sua família) não se adaptou(aram) ao novo estilo de vida. Não é uma questão de competência profissional, mas de mera e simples adaptação a um novo contexto. E então, como foi comentado anteriormente, eis aqui um grande espaço para o Coach desenvolver suas habilidades.
O espaço e a oportunidade que comentamos ficam ainda mais consistentes se, por vantagem competitiva, o Coach tiver domínio de idioma estrangeiro. Amigos leitores, pensem a respeito e façam os seus planos para conquistarem mais clientes e, dessa forma, colaborarem com expatriados à espera de apoio e orientação.
Participe da Conversa