Será que perder faz bem para alguém? Será que alguém aceita uma perda? Será que alguém aprende “alguma lição” com uma perda, ainda mais se for uma perda material, de um emprego, de um negócio ou de um ganho financeiro?
A perda, seja ela pessoal ou profissional, representa o fim de um ciclo ou de uma etapa. Algo tem que terminar para dar espaço e oportunidade para uma nova fase começar. É o movimento da vida, movimento das energias.
Não queremos todos os dias em nossas vidas novas e boas energias? Então, para a nova energia chegar e entrar, a velha energia tem que sair e acabar. Na verdade, a energia não acaba, e sim tem seu ciclo próprio – inicio, meio e fim. A toda hora nos deparamos na vida, com este ciclo, de forma diferente:
- Nascer, viver e morrer.
- Plantar, cultivar e colher.
- Infância, maturidade e velhice.
- Planejar, concretizar e perder.
Porém, perder é muito difícil. “Dói tanto” quando sofremos uma perda, que não paramos para refletir o porquê ela ocorreu e quais providências temos que tomar para que ela não mais ocorra ou qual ensinamento devemos tirar dela.
Uma dos piores consequências que temos da perda é quando a pessoa não a aceita, e fica durante anos lamentando, resmungando e revoltado por ela ter ocorrido na sua vida. Em geral, são aquelas pessoas que no passado tinham uma situação financeira mais farta, graças a um emprego ou negócio. Mas, por um “dedo do destino”, sofreram uma perda deste emprego ou queda nos negócios.
Esta perda é tão traumática, que estas pessoas não aceitam a situação, pois se consideram injustiçadas, azaradas, perseguidas, vitimas de forças ocultas, inveja e manipulação de terceiros.
Não é o intuito deste artigo tentar descobrir por que “o fato da perda” ocorreu. O que quero chamar a atenção do leitor é o que é “viver de glórias do passado”. Olhar para este passado, ou chorar pelo bom emprego que teve ou dos lucros que tinha com os negócios de sua empresa é travar de vez a possibilidade de vitórias e prosperidade no aqui e agora.
Cuidado leitor amigo, viver no passado é uma prisão muito perigosa. Em muitas consultorias de Feng Shui e em sessões de Coaching que realizo, sempre percebo que a pessoa não consegue concretizar ou seu vitorioso num objetivo, por que tem algo que esta travando.
A pessoa manda um currículo a uma vaga de emprego que tem seu perfil e nem é chamado para uma entrevista. Outra pessoa se candidata a uma vaga e promoção dentro da empresa que trabalha e nem o selecionam para a vaga. O comerciante faz propaganda de seus serviços/produtos e ninguém liga ou aparece na empresa. O que está travando afinal?
Foi esta pergunta que meu cliente Pedro me fez em uma consultoria que fiz na empresa dele, uma Escola de Línguas na cidade de Campinas/SP. Apliquei todas as técnicas de Feng Shui que conheço, e sempre cito em artigos para melhorar e energizar a escola:
– Estudo da Localização do Imóvel; Análise da Circulação de Energias, Pontos Energéticos Negativos; Pesquisa de Radiestesia do Imóvel; Aplicação e Ativação do Ba-Gua da Empresa e as Curas aos Problemas encontrados.
Por sua vez o Pedro tinha a empresa na “palma das mãos”. Tinha toda a administração e o financeiro da empresa sobre o máximo de controle. Tinha uma ótima divulgação da escola. Propaganda atuante em várias mídias. A técnica de ensino também era muito boa e bem conceituada. Tudo perfeito. Só que não “decolava”.
Fizemos Feng Shui. Harmonizamos a empresa. A escola estava energizada. Só que, mesmo assim, não decolava. Não que a escola não tivesse alunos. O Pedro sempre me posicionava via e-mail ou telefone, explicando o passo a passo do que ele estava aplicando do Feng Shui que indiquei no meu relatório. No início ele estava até animado, pois sentia “um certo movimento” na escola. Mas de repente travou: a escola voltou a andar devagar.
Durante uma sessão de Coaching via Skype, o Pedro comentou que não entendia o que ocorria. Tinha feito tudo o que eu indicara de Feng Shui à sua escola e, nada acontecia. Eu mesmo não entendia o que ocorria. Se meu cliente aplicou o Feng Shui, corrigiu os problemas energéticos e tinha ótima administração e propaganda, por que não decolava?
O Pedro era um proprietário presente. Era o primeiro a chegar e último a sair. A trava tinha uma causa, tinha um “nó” no meio do caminho, atrapalhando o sucesso da escola e a prosperidade do proprietário.
Só conseguimos descobrir o “nó” quando o Pedro, num desabafo, comentou que a escola tinha que dar certo, vencer e dar dinheiro, para provar a todos que ele era uma pessoa vitoriosa, pois ele não suportaria “perder” mais um negócio na sua vida!
O “nó” do Pedro era o medo de se repetir as perdas de negócios que teve no passado. Principalmente a perda que teve de uma outra escola de línguas que teve a algum tempo em São Paulo. Pedro, com uma péssima administração e desleixo, foi enganado por seus sócios, que levaram a escola à falência.
Além da perda da escola, Pedro teve perda de bens (imóveis e carros, perda de renda), o que gerou crise e fim de um casamento. Foi uma perda bem traumática que, até aquele momento, o Pedro não aceitou muito bem.
Chamei sua atenção ao fato. Se ele naquele momento, não parasse imediatamente com aquele trauma, não parasse de olhar para o passado, nunca teria vitória no presente. Disse que se ele não aceitasse as perdas do passado, não iria prosperar e vencer no presente e no futuro.
Depois desta conversa, Pedro descobriu seu “nó”. Descobriu seu fantasma do passado. Aceitou suas perdas e colocou mais energia no presente. A escola começou a andar, e a crescer.
Aprendi muito com este caso. Hoje, em muitas Consultorias e sessões de Coaching, aconselho o meu cliente a fazer uma autoanálise, para ver se não há “nós” que possam travar seu sucesso pessoal e profissional. Para encerrar, aconselho você a pensar se não há alguma perda no seu passado que faz com que você não decole na sua vida!
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